O Aeroporto de São Paulo/Congonhas foi inaugurado em 1936 e é um dos mais movimentados do Brasil. Com aproximadamente 1,5 km², é considerado o aeroporto executivo do país.
Fatos que tornam Congonhas especial são a sua localização na região central de uma grande metrópole e a sua arquitetura inspirada no art déco, que o faz ser tombado como patrimônio histórico e arquitetônico da cidade de São Paulo pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
O nome do aeroporto é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antônio Monteiro de Barros (1823-1851), primeiro governante da Província de São Paulo após a Independência do Brasil (1822). Congonhas é o nome de um tipo de erva-mate muito comum em Minas Gerais, na região onde se situa Congonhas do Campo, cidade natal de Monteiro de Barros.
A área onde Congonhas está localizado foi escolhida por suas condições naturais: visibilidade, drenagem e terreno desocupado e plano, que permitiria a construção de quatro pistas. A escolha do local também objetivava evitar as enchentes do Rio Tietê, que inundavam o Campo de Marte. Além disso, naquela época, o espaço distanciava-se bastante do centro urbano.
Em 1935, foi realizado estudo técnico para a escolha do sítio do novo Aeroporto, recomendando a escolha da área de Congonhas pelas suas condições naturais (visibilidade e drenagem).
Em 1936, o Governo do Estado adquire a área para a construção do Aeroporto, incorporando, mais tarde, áreas complementares através de desapropriações e, em 1940, estabelece que todas as atividades exercidas no Aeroporto de Congonhas seriam dirigidas por um Administrador nomeado pelo Governo do Estado.
No final dos anos 1940 teve início a obra das três pistas previstas no novo projeto do aeroporto, mas apenas a pista principal foi concluída, porque estudos técnicos mostraram ser suficiente para atender às especificações aeroportuárias norte-americanas do Civil Aviation Authority (CAA), uma das mais modernas para a época. A pista foi concluída no final de 1950, mas enquanto estava em obras, outra, provisória, foi construída. Anos mais tarde ela se tornou a segunda pista paralela, mantida até hoje.
Em 1954 foi inaugurado o Pavilhão de Autoridades, para embarque e desembarque de autoridades. Este pavilhão conserva até hoje vários elementos artísticos, como um mural do artista Di Cavalcante.
Desde 1957, Congonhas já era o terceiro aeroporto do mundo em volume de carga aérea. Por isso, nessa época começaram os estudos para a implantação de um novo aeroporto em São Paulo e alterações no Terminal de Passageiros de Congonhas. Desses estudos surgiram o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e foi iniciada a ampliação da Ala Norte do aeroporto paulistano, para abrigar o embarque e o desembarque internacional, e a reforma da pista principal.
O projeto de ampliação já tinha sido estudado anteriormente, em 1955, mas no ano seguinte o chefe do setor de arquitetura do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), desaconselhou a adoção dessa proposta, sugerindo outra que foi desenvolvida pelo escritório do arquiteto Jacques Pilon e executado pela Congel Construções Gerais Ltda. A ampliação, concluída no início de 1959, teve o orçamento bastante generoso.
Outras modificações ocorreram na década de 1960 no aeroporto, de forma geral, fora do terminal. Em 1968, com a finalidade de dar diretrizes para a implantação da nova infraestrutura aeroportuária para a aviação comercial, foi criada a Comissão Coordenadora do Projeto Aeroporto Internacional (CCPAI), pelo Ministério da Aeronáutica. Isso viabilizou a promoção de melhorias, principalmente na ala internacional do Terminal de Passageiros. Entre elas, a que marcou o cenário de Congonhas, a troca de piso em granilite da ala internacional por quadrados em placa de granito preto e mármore branco. Esse piso, existente até hoje, incorporou-se ao prédio de tal forma que ficou na memória da população, tornando-se a identidade visual do aeroporto.
Em Congonhas, em 1970, eram realizadas 350 operações de voo diariamente, envolvendo 1.500 carros no pátio, 12.000 passageiros e 25.000 acompanhantes. O resultado era um total congestionamento, que exigiu novas ampliações. Em 1970, começou uma grande obra de ampliação na ala internacional do Terminal de Passageiros, com a mesma configuração daquela realizada em 1957/58. Também foi realizada uma ampliação para abrigar o novo portão de embarque e a liberação de bagagem na ala internacional.
Em 1977, teve início a construção do edifício de desembarque de bagagens da ala nacional, como complemento do prédio da ponte aérea. Este trabalho fazia parte do arrolamento dos bens móveis, imóveis, instalações e equipamentos que, por força do Artigo 2, da Portaria 534/GM5, de 25 de maio de 1977, do Ministério da Aeronáutica, dizia que Congonhas deveria passar para a responsabilidade e guarda da Infraero.
Assim, em 1981, a administração do Aeroporto passou a ser responsabilidade da Infraero. Desde então, ampliações e reformas foram realizadas, tanto no terminal de passageiros como nas pistas e pátios, para elevar a eficiência operacional do aeroporto.
Em 1982, houve a construção do terminal rodoviário para atender ao embarque de passageiros, via ônibus, para o Aeroporto de Cumbica. As reformas deram novos contornos à edificação, aumentando o espaço físico e proporcionando maior conforto e segurança aos usuários.
Em 1990, Congonhas tornou-se o aeroporto mais movimentado do país. Desde então, o fluxo de passageiros e aeronaves cresceu sistematicamente, o que tornou necessário reformá-lo para atender ao aumento da demanda.
Em 1993 foi executado projeto de programação visual, que incluiu a colocação de painéis informativos, nos quais aparecem as testeiras nos balcões.
Em 2000, houve a retomada das obras do edifício-garagem, com a participação do poder público municipal, que, em dezembro de 2003, aprovou o projeto, com alvará de aprovação e execução de construção nova, publicado em julho e emitido em agosto de 2004.
O edifício-garagem, inaugurado em dezembro de 2005, tem 60 mil m2, cinco pavimentos, três deles subterrâneos, e capacidade para 2.554 vagas cobertas e 860 descobertas, um total de 3.414, contra as antigas 1.200, todas em área descoberta. Outro projeto importante foi a adequação e a reforma do Terminal de Passageiros. O projeto contemplou a construção de um conector com 12 pontes de embarque para atender às novas áreas de embarque e desembarque. Esse projeto adaptou Congonhas aos níveis de conforto e funcionalidade exigidos pelo fluxo atual, da ordem de 16 milhões de passageiros anuais.
As salas de embarque, no mezanino, são servidas por escadas rolantes, elevadores, banheiros, áreas comerciais e salas VIP. No térreo foi instalada uma grande sala de embarque remoto e uma interligação do desembarque com a sala de bagagens e o prédio histórico.
Em 2008, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) retirou a determinação de “Internacional”, e o Aeroporto passou a operar somente com voos domésticos.
Em 2012, Congonhas recebeu em média 580 movimentações por dia, entre pousos e decolagens, e mais de 16 milhões de passageiros, interligando São Paulo a 29 localidades e empregando aproximadamente 16 mil profissionais.
Superintendente: Eliana Akemi Kogima
Telefone Geral/PABX: (11) 5090-9000
Horário de atendimento: 24 horas
Descrição de serviço: atendimento telefônico e transferência de chamadas
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Horário de funcionamento: diariamente, das 06h às 23h
Endereço:
Av. Washington Luís, s/nº. Vila Congonhas – São Paulo, SP.
CEP: 04626-911
Acesso viário: Avenida Washington Luís (corredor norte-sul da cidade)
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