quarta-feira, 24 de junho de 2020

O crime do castelinho da rua APA

Quem já visitou São Paulo e passou pela avenida São João (ou Minhocão), sentido Lapa, não pode deixar de reparar em uma construção. Seja pelo estado de abandono ou pelas características da obra, um castelo abandonado em plena cidade de São Paulo.


Foto acima na época dos fatos. Foto abaixo nos últimos anos antes da reforma.


O que pouca gente sabe é que ali, o Castelinho da Rua Apa foi palco de um suposto crime familiar que abalou a cidade na década de 1930, uma vez que eram três mortos membros abastados e tradicionais de uma família da aristocracia paulistana. O imóvel foi construído em 1912 como uma réplica de um castelo medieval francês, com seus vitrais pintados por renomados artistas da época e tapetes indianos. Era a casa da família César Reis, dona de um famoso cinema, o Broadway, na avenida São João, que hoje não existe mais; e de terrenos e casas no nobre bairro do Pacaembu.

terça-feira, 2 de junho de 2020

O começo da metrópole

A cidade de São Paulo teve seu embrião fundado por dois padres jesuítas: José de Anchieta e Manoel da Nóbrega. Ambos faziam parte da chamada Companhia de Jesus, que tinha como objetivo catequizar e ensinar o idioma português às tribos indígenas.

Buscando uma melhor localização para instalar um colégio de jesuítas, os dois padres encontraram uma região que, nas palavras deles, lembrava o clima espanhol. Tratava-se de uma colina alta, cercada por dois rios: o Tamanduateí e o Anhangabaú.
Ali, em 25 de janeiro de 1554, data do aniversário da cidade, inauguraram o Colégio dos Jesuítas. Nos anos de 1560 o povoado que vivia em torno do colégio ganhou o “título” de vila, a então Vila de São Paulo de Piratininga. Dessa época restam apenas as fundações do Pateo do Collegio.

Foram cerca de 157 anos que Piratininga teve que amadurecer para se chamar São Paulo. Essa decisão foi ratificada pelo rei de Portugal, que considerava o lugar um ponto importante. Eram daqui que partiam as expedições chamadas “bandeiras” que buscam pedras preciosas e prisão de índios para servirem de escravos.

No ano de 1815, a cidade se tornou capital da então Província de São Paulo. No ano de 1827, a primeira faculdade seria inaugurada: a faculdade de Direito, no Largo São Francisco. A partir disso, a cidade se tornou um dos núcleos intelectuais e políticos da nação.

Mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes.

No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, que estourou no dia 9 de julho (hoje feriado estadual). Em 1935 foi criada a Universidade de São Paulo, que mais tarde receberia professores como o antropólogo francês Lévi-Strauss.

Na década de 1940, a indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país.

Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema).

Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo. Hoje, de acordo com o IBGE, a população do município de São Paulo é de 10.886.518 habitantes e somos referência para todo país.